sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Oficina do Medo


Em cada armário há sempre uma caixa que guardam coisa que remetem a um momento da vida.
Muitas vezes nos privamos de abri-las, outra empilhamos em cima pra fazer mais volume.
E elas vão se acumulando.
Chega um momento que não se tem mais espaço para guardá-las.
Algumas caem com o peso e outras são forçadas a serem abertas pra se verificar o que se pode aproveitar daquilo que foi guardado.
Muitas vezes coisas que guardamos não são mais necessárias,
mas,que por algum motivos usamos pra lembrar algo que talvez tenha sido esquecido.
E a cada caixa que se abre,volta-se um minuto de vida.
Esvasia-las de vez,seria uma limpeza extrema.
Recordar o motivo pelo qual se acumulou tantas coisas.
O tempo merece um bazar,uma doação,o que não me faz falta?
Ou o que me faz,que guardei com tanto carinho pela fragilidade?
São preciosidades que merecem ser guardas por que em mãos erradas capaz de perde-las.

Permitir-se perder pra se achar.
Um caminho que não leve a lugar algum ou leve.
E como objetos que são modificados de lugar.
Assim segue a minha decoração.
Cores neutras ou vibrantes?
O que vem pra colorir,vem pra somar?

Essa oficina de caixas...Um equilibrio entre razão e emoção.
Nunca se sabe qual a caixa que vai cair.
Qual se deve abrir e qual descartar.
Vivemos empilhando até onde suportamos.
Até o dia de abrir a caixa da alma.
Essa transparece o que você é.





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